Conheça a modalidade, agressive inline - Parte 1
- Luara Carvalho
- 28 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Hoje nossa postagem é sobre o street, a primeira parte desse post é sobre um pouco da história dessa modalidade que deu início a febre dos patins, é um esporte considerado radical, praticado em half-pipe, parques e ruas.
Em 1970 houve o reaparecimento dos patins inline (os primeiros são do século XlX). O retorno dos patins inline promoveu o surgimento da patinação agressiva, subdividida nas modalidades street e vertical. No entanto esses patins só foram chegar ao Brasil na década de 1990. Nos dias atuais é um esporte bem difundido e praticado em todo Brasil sendo considerado olímpico graças ao ‘X-GAMES”. Porém em 2017 em Barcelona, vai acontecer a primeira olimpíadas dos ROLLER SPORTS, o ROLLER GAMES, assunto que já foi mencionado em nossa página.

Curiosidades sobre o início da patinação Street.
“Dare to air” foi o primeiro filme feito para quem estava iniciando, que passou uma ideia das manobras e habilidades desse tipo de patinação.
The Hoax foi o primeiro vídeo de manobras realmente agressivas que até virou uma espécie de bíblia para os praticantes do aggressive inline.
Chris Edward atleta americano que em 1989 foi considerado pela Rollerblade o patinador de street mais agressivo da época, tornando-o a partir de então conhecido no mundo inteiro. No ano seguinte em 1990 ele ajudou a Rollerblade a criar outros modelos de patins como o Tarmac-CE.
Em 1995 o X GAMES adicionou o Patins Street no evento, e o sucesso foi estrondoso. Após as gravações do pessoal dos X Games terem registrado manobras de alto nível num esporte tão novo. A "National Sporting Goods Association Statistics", realizou uma pesquisa e constatou que 24 milhões de americanos praticavam Patins Street (Rollerblading).
No ano de 1996 campeonatos de inline passaram a ser feitos em todo o globo terrestre como, ASA, Niss, Extreme Games, Imyta e muitos outros.
Entre 1999 e 2000 o francês "Taig Chris" Inovou acertando o Double Back-Flip, ou seja, dois mortais para trás num salto só em Half-Pipe, alcançando 900º.
O Australiano "Shane Youst" e acertou o primeiro 1260º(3 giros e meio na base). O que novamente provou que o Patins Street é um esporte quase que sem limites e sempre pioneiro no grau de dificuldade das manobras.
Uma atleta brasileira, Fabiola da Silva, conquistou algumas medalhas no X Games, tanto que sua evolução foi tão rápida que os organizadores tiveram a ideia de colocá-la para correr junto com os atletas masculinos e em 2004 ela fez história conquistando a medalha de prata contra os homens.
Porém em 2005 foi a última edição que teve patins inline no X GAMES.
Brasil e a patinação Street
Em 1994 o patins Tarmac-CE ganhou fama no Brasil, a tal ponto dos patinadores de street ocuparem lugar de destaque em veículos de comunicação do Brasil. Este fato gerou congestionamento nas ruas.
Na mesma época viria a causar muitos encontros de patinadores de bairros mesmo, que construíam suas rampas com "pedações" de caixotes, tábuas de construções velhas ou de terrenos baldios.
Os Patins Street eram uma coisa nova, todos se arriscavam a fazer coisas loucas, aéreos eram as primeiras e manobras mais usadas por essa galera. Uma das coisas mais legais era que a galera era muito unida e diversificada. Muitas meninas patinavam juntos dos caras e se jogavam nas rampas sem medo.
Outro fato em comum, era a famosa "rabeira", esse era outro ato muito cometido pela galera que pegava carona em ônibus, caminhões, kombis, motos. Que na maioria das vezes era sem autorização dos motoristas, o que aumentava adrenalina para os patinadores que se arriscavam. Porém onde tem muita adrenalina, ocorrem muitos acidentes e fatalidades foram inevitáveis.
Os patins street sofreram um declínio no Brasil desde a sua explosão no ano de 1996 devido a falta de equipamentos de qualidade à venda no mercado nacional; o preço elevado dos equipamentos; a falta de locais apropriados para a prática do esporte e acima de tudo os empreendedores envolvidos não conseguiram amadurecer um modelo de negócios sustentável, não persistiram em fazer marcas e eventos influentes que inspirassem os praticantes a resistirem no esporte e atraísse novos praticantes.
Porém mesmo com esse declínio, alguns atletas principalmente, do Rio de janeiro e São Paulo, da modalidade street continuaram a patinar. Nessa época abria também uma loja que vendia patins de street de qualidade média, a preços acessíveis a Traxart. Essa e outras empresas deram um "boost" no mercado. Hoje existem mais de 20 campeonatos por ano, com premiação, patrocinadores, e atletas patrocinados.
Nosso postagem não termina por aqui, amanhã falaremos sobre as categorias, sobre os estilos de patins e também teremos uma breve entrevista com nosso amigo e embaixador da Equipe Adreninline na Europa, Bruno Santa.
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