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Atleta brasileiro vence campeonato mundial de inline downhill

Se você curte #inlinedownhill já deve conhece-la, e se está começando agora no esporte tem que saber que a Teutônia é considerada a ladeira mais rápida do mundo! Teutônia fica em uma cidade que possui localização privilegiada no estado do Rio Grande do Sul, distante a 100 Km de Porto Alegre e região Metropolitana, a 100 Km de Caxias do Sul.


E a mais de 12 anos acontece o campeonato mundial de downhill nesta cidade e cada ano fica mais eletrizante a disputa entre os competidores, além de atrair atletas e amantes do esporte do mundo todo, conta com várias modalidades, como: skate longboard, street luge, street sled, classic luge, dirt bike e patins inline.

Esse ano a competição aconteceu dia 25 e 26 de novembro em um formato diferente do que acontecia em anos anteriores, descendo 4 atletas ao mesmo tempo na ladeira. E para nossa alegria quem subiu no lugar mais alto do pódio este ano no inline downhill foi um brasileiro. E é com ele que vamos bater um papo para que você possa conhecer um pouco mais do downhill e a trajetória do Campeão Mundial de Teutônia 2017, o atleta Anderson Dantas de Natal – RN.


Você pode nos contar um breve histórico de sua trajetória no downhill? Como foi sua rotina e sua preparação para chegar até aqui?

Em 2014 já faziam 20 anos que patinava e nunca tinha participado de uma competição. Conheci algumas outras modalidades como a patinação de velocidade e não me adaptei, até que procurando sobre a modalidade downhill, neste mesmo ano, encontrei campeonatos no Brasil e acabei entrando em contato com atletas que representavam a modalidade por aqui, como Steve Canona e Dennis Tavares, entrei em contato com eles e comecei a participar dos campeonatos.


Cara, a primeira vez em Teutônia foi em 2014 e tive uma queda próxima do top speed, posso dizer que não é uma sensação boa. Em 2015, na segunda etapa do brasileiro de downhill eu sofri um acidente e perdi parte do movimento da mão esquerda, neste momento pensei em desistir, vendi equipamentos e me afastei da modalidade, mas com isso só me fez sentir incompleto, minha história no downhill não poderia ter acabado ali. Até que comecei a melhorar devido ao tratamento de fisioterapia e com a volta dos movimentos das mãos aí decidi voltar para completar minha missão. Em 2016 voltei sendo vice campeão do circuito Norte/Nordeste, campeão Pernambucano 2016 até que chegou 2017.


Minha preparação foi observando outros atletas na maneira de fazer downhill, indo atrás de treinamentos específicos assim como os equipamentos da modalidade.


Você mencionou a questão do acidente que teve, como foi essa superação, o que te deixou tranquilo para voltar ao downhill e conquistando ótimos resultados em todos campeonatos que disputou?

Eu estava preparado em todos os sentidos, na parte técnica, psicológica e também na parte física. Superei os medos e desafios da forma que deve ser encarada. Encarei a ladeira sem medo, com tranquilidade e com o respeito que ela merece.


Mesmo com toda preparação e tranquilidade, o downhill por ser uma modalidade extrema as coisas poderiam dar errado afinal em frações de segundos você precisa tomar uma decisão em alta velocidade. Para essa disputa em Teutônia mudou algo em seu jeito de dropar a ladeira?

Sim, percebi que precisaria ser mais aerodinâmico, melhorei a minha base, investi também em novos equipamentos.


Um campeonato de altíssimo nível, competidores totalmente preparados e sabemos que não teve momento fácil, se tratando deste cenário quais momentos você determina como cruciais para a sua vitória?

Para mim os momentos cruciais é o foco nos treinos, temos um pensamento errado que só treino de técnicas é suficiente precisamos também dos treinos físicos além dos treinos em ladeiras. Tenho parceria com uma universidade aqui no Rio Grande do Norte e eles me passam exercícios de correção que são usados nas competições, então eu tenho muito a agradecer ao time de fisioterapeutas que corrigem minhas posturas.


Houve algum momento em que sentiu que a vitória poderia lhe escapar e conseguiu reverter a situação? Como foi isso?

Sim, na final, larguei na frente com muita velocidade e fui ultrapassado pelos atletas de Chile e Peru, eu soube ter calma e esperar o momento certo para ultrapassar e chegar em primeiro lugar.


Com a vitória do mundial em Teutônia ainda não dá para relaxar pois existe a possibilidade de ser campeão brasileiro disputando dentro de casa, na etapa de São Bento - RN, nas categorias time trial (tomada de tempo) e cross downhill (baterias). Como você encara essa possibilidade? De que forma será importante o apoio da torcida local chegar a mais essa vitória?

Eu nunca entro no clima de já ganhou até porque são campeonatos bem diferentes, porém eu me sinto na obrigação de ganhar em minha casa. E todos atletas que vierem serão bem-vindos e estejam preparados pois essa é uma motivação ainda maior de vencer e trazer este título para minha cidade, meu estado e para minha carreira. O apoio da torcida local será fundamental e a minha responsabilidade será ainda maior também.


Veja aqui mais detalhes sobre o São Bento Speed Festival.


Confira o resultado final do World Champion Teutônia 2017



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