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Foto do escritorLuara Carvalho

O que a patinação tem a aprender com o Rock In Rio?

Quem acompanha o Rock In Rio viu uma das principais novidades da edição de 2017 que foi uma área exclusiva de games, devidamente patrocinadas, para reforçar o conceito de entretenimento que o evento carrega.

Enquanto bandas de diversos gêneros musicais fazem som pela nova Cidade do Rock, um mundo à parte corre solto na Game XP. Uma das grandes novidades desta edição, a feira tem sido um grande sucesso desde o começo do Rock in Rio. Contando com várias atrações reuniram gamers do Brasil inteiro em duas arenas destinadas à programação. Fight Club, concurso de cosplay e batalha de Counter-Strike foram algumas das atividades, tudo na maior tela de projeção do mundo.


Também teve campeonato de PES comentado por Zico, eterno camisa 10.

A ideia de criar a área foi vista pelo mercado como mais uma inovação do festival, que começou nos anos 80 com o propósito de ser uma grande celebração do rock mundial e que, hoje, se transformou num grande festival de celebração da música e, neste ano, com a inclusão da área de games, da cultura jovem.


Recentemente, o universo do esporte viu-se envolto em grande polêmica depois de o comitê organizador dos Jogos Asiáticos de 2022, na China, anunciou que terá uma competição de games.

Foi o bastante para começar uma forte corrente dos fãs do esporte contra a ideia, já criando uma teoria apocalíptica de que, em breve, um gamer terá o mesmo status de Usain Bolt, de medalhista olímpico. "E-sports não é esporte", bradou-se em veículos de imprensa daqui, de lá e acolá.

A questão vai além disso. O esporte, assim como o Rock In Rio, é um espetáculo de entretenimento. Precisa de artistas e de uma legião de fãs. E, se os fãs estão acompanhando ídolos jogadores de videogame, por que não tê-los também ali, nas arenas esportivas? Aumenta-se a receita com venda de ingressos, amplia-se o leque de patrocinadores, atrai-se um público jovem que hoje se distancia, por vários motivos, do esporte.


Mas o esporte teima em achar que é maior que o entretenimento, ou que o esporte "vende-se" sozinho. E, quando surge algum movimento um pouco mais inovador, logo os defensores do tradicionalismo se apresentam.


A questão é que o esporte precisa entender que precisa ser mais flexível para continuar a atrair consumidores e, principalmente, patrocinadores. Por que um festival de música quase sempre tem ações muito mais interessantes das marcas do que um campeonato de esporte?


Porque os festivais de música não vendem para o mercado os shows que acontecem no local, mas o público que está lá presente.


É por isso que o Rock In Rio decide colocar uma área de games no meio de um local que, teoricamente, deveria ter apenas músico tocando rock. É por isso que os artistas não são apenas de um gênero musical. É por isso que as marcas são muitas, com as mais diversas ações. Por que o público presente no Rock In Rio é heterogêneo e, mais do que isso, é um tipo de pessoa que as marcas têm tido cada vez mais dificuldade de encontrar e saber se comunicar.


Por que a patinação não pode imitar o Rock In Rio? Por que a patinação teima em ser só esporte e achar que isso é suficiente para vender? Deixe sua opinião nos comentários.




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